Para isso existem as escolas: Não para ensinar as respostas, mas para ensinar as perguntas. As respostas nos permitem andar sobre a terra firme. Mas somente as perguntas nos permitem entrar pelo mar desconhecido. (Rubem Alves)



terça-feira, 16 de abril de 2013

 
Candiota participa do 2º Seminário Nacional de Inclusão Digital em Passo Fundo
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DIVULGAÇÃO
Inovação, compartilhamento de conhecimento, tecnologia, cultura hacker e educação,esses foram os temas centrais dos debates, apresentações e palestras da 2ª edição do Seminário Nacional de Inclusão Digital (SENID) que ocorreu nos dias 7,8 e 9 de abril na Universidade de Passo Fundo. O evento contou com a presença de mais de 600 pessoas da área educacional e tecnológica de todo o Brasil e do exterior e o município de Candiota estava presente.
De acordo com o Prof. Adriano Canabarro Teixeira, coordenador geral do SENID, o modelo de escola que se tem nos dias de hoje é o mesmo que se tinha no século XIX e o que se busca, “é que as novas tecnologias transforme a educação, tornando-a mais criativa, inovadora, questionadora e dar vazão aos alunos para utilização desta tecnologia que eles utilizam tão bem”, destacou o professor.
Durante o seminário, a Universidade de Passo Fundo concedeu a Prof. Lea Fagundes ( que foi quem iniciou o processo de formação dos professores em Candiota) o título de Professora Honoris Causa, por sua importante contribuição social para o desenvolvimento do processo de Inclusão Digital.
Para os professores Luis Augusto Ramos e Sônia Marques, que apresentaram o painel: "O Uso das Tecnologia desequilibra o ser?" desenvolvido na escola Municipal Neli Betemps, a participação em um evento deste porte permite mostrar um pouco do trabalho realizado no município. “O seminário nos motiva para a realização de um trabalho qualificado e inovador, nos possibilitando a aplicação efetiva dos conceitos da cultura hacker na educação de Candiota”, avaliou Sônia.
O técnico da secretaria de educação de Candiota, Pablo de Andrades Lima, que apresentou o painel "Projeto edUCAndo - Gestão de Sucesso do Projeto UCA em Candiota", destaca a importância da participação dos professores em eventos de tecnologia. "Gostaríamos muito e vamos lutar para que todos os professores participem de eventos como este. Precisamos revolucionar a educação, quebrar paradigmas e a tecnologia tem muito a contribuir com esse processo”, destacou Lima.
No SENID haviam diversos espaços, tais como: Apresentações de artigos, painéis, espaço games, cultura e música, além do espaço onde Candiota expôs o modelo de transmissão de dados através da rede elétrica (PLC) em funcionamento no município desde 2010 que era na sala de aula hacker que apresentava as inovações tecnológicas.
A Secretária de Educação Nazionélia Ferreira frisa o incentivo do governo em prol das tecnologias. “ O governo vem investindo e propiciando aos professores o trabalho em grupo para abertura de novos espaços de debate que só vem a contribuir para o crescimento do processo de aprendizagem e qualidade da educação de Candiota”, finaliza.
Cultura Hacker e Educação
O Prof. Adriano desmistifica o conceito hacker. "A maioria das pessoas concebem o conceito hacker da cinema norte-americano, que invariavelmente é uma pessoa má ou criminoso virtual, onde na verdade este trata-se de um cracker. O hacker não necessariamente esta ligado a tecnologia, mas sim aquela pessoa criativa, inovadora, que não se contenta com o que está estabelecido, quer fazer as coisas de forma diferente, ajuda, compartilha informação e que possui um conhecimento técnico avançado de sua área, seja ela qual for. Ou seja, todos nós podemos ser hacker, desde que sustentemos os conceitos da cultura hacker, explicou.
Na cultura hacker, a preocupação com o compartilhamento de informações é o que move cada atitude na rede. Analisar, criticar, compartilhar e criar informações é essencial para que a educação assuma o formato esperado diante de um cenário imerso em tecnologia e plataformas digitais.
O pensamento do Prof. Dr. Mario Pireddu, da Universidade de Milão – Itália, responsável pela palestra de encerramento do Senid – Hacking Education, vai de encontro a essa ideia e propõe um acréscimo: “É possível reformular as instituições de ensino para que elas modifiquem a realidade.”, comentou. Mas, antes disso, ele avisa “para mudar alguma coisa é preciso construir um novo modelo que torne o modelo anterior obsoleto”.

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