A aquisição da linguagem, a habilidade de comunicar por palavras e frases é uma característica fundamentalmente humana. O discurso oral emerge durante o segundo ano de vida, é precedido de um período que começa por volta dos 3/ 4 meses com vocalizações e sons espontâneos conhecidos como o balbuciar. Assim que a criança começa a falar, a sua linguagem é drasticamente multiplicada de algumas palavras aos 18 meses, para duas mil palavras aos 5 anos de idade Nesta fase a criança verbaliza de forma fluente e é capaz de combinar palavras em frases de várias formas, o que revela, desde logo, a estrutura complexa da linguagem (Knoph, 1983).
De facto, a linguagem é um processo complexo que engloba a articulação de vários órgãos simultaneamente, desde o cérebro, ao aparelho auditivo, aos lábios, à laringe, à língua etc. Deste modo, os distúrbios da linguagem podem advir de origens diversas, desde problemas neurológicos, malformações, disfunções, problemas sensoriais a problemas psicológicos (Ajuriaguerra, 1980).
Os distúrbios de articulação são a forma mais frequente dos distúrbios da linguagem, cerca de 80% dos casos (Knoph, 1983). Estes distúrbios que têm origens diversas, caracterizam-se pela deformação, substituição ou supressão dos fonemas. As consoantes e a vogais podem ser alteradas segundo o ponto de articulação perturbado.
Os distúrbios de articulação são a forma mais frequente dos distúrbios da linguagem, cerca de 80% dos casos (Knoph, 1983). Estes distúrbios que têm origens diversas, caracterizam-se pela deformação, substituição ou supressão dos fonemas. As consoantes e a vogais podem ser alteradas segundo o ponto de articulação perturbado.
(…) No caderno aparecem as primeiras palavras. As frases no livro começam a fazer sentido, mas eis que surgem algumas dificuldades. Trocam-se as letras na escrita. A leitura corre mal. A professora corrige. O pior é ir ao quadro, mete medo. Este é o cenário da dislexia. Afecta crianças e adultos que nessa idade nunca souberam os porquês de “ser assim”. De ter de usar o relógio no pulso direito para distinguir a esquerda (…).
(Andreia Lobo; Jornal a Página da Educação, ano 12, nº121, Março 2003, p. 38)
(Andreia Lobo; Jornal a Página da Educação, ano 12, nº121, Março 2003, p. 38)
A incapacidade de aprender a ler e a escrever de forma correcta, de um indivíduo que possui a capacidade intelectual necessária é conhecida por diversos termos como dislexia, disortografia, cegueira verbal congénita, etc. A aprendizagem da língua escrita só se realiza havendo de inicio uma tomada de consciência fonológica e, posteriormente, uma tomada de consciência linguística. Para passar da utilização da forma fonológica às formas gráficas, é necessário que a criança possua a noção intuitiva da divisão da frase e do valor funcional das palavras no interior dessa frase.
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