" Crianças são como borboletas ao vento... algumas voam rápido... algumas voam pausadamente... mas todas voam do seu melhor jeito. Cada uma é diferente, cada uma é linda e cada uma é especial".
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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
A dislexia e a disortografia
A dislexia trata-se de uma dificuldade específica da aquisição da leitura. Traduz-se pela frequência e persistência de hesitações de incompreensões, de erros, de inversões de sílabas, de confusões de letras, de mutilações de palavras, de falhas ligadas à linguagem escrita que persistirão frequentemente, inclusive na aprendizagem da ortografia, apesar de um nível intelectual normal (Doron & Parot, 2001). Os indivíduos com dislexia tendem também a possuir alguma dificuldade ao nível da motricidade e da coordenação e a possuir uma lateralidade invertida ou ambidextra.
No que diz respeito à disortografia, esta pode ser resultante de uma dislexia, mas pode também existir isoladamente. Consiste num conjunto de falhas: falhas de separação pela não discriminação dos elementos da frase; falhas de leitura; confusão das partes do discurso; falhas de sintaxe e de regras e falhas de emprego. É, também, a impossibilidade de visualizar a forma correcta da escrita das palavras. A criança escreve seguindo os sons da fala e a sua escrita por vezes torna-se incompreensível.
Muitas das dificuldades da aprendizagem da leitura estão relacionadas com deficiências escolares ligadas à valorização da rapidez, sobrecarga das classes, mudanças de professores, etc. Assim, segundo Stambak e Colaboradores, é fundamental desenvolver as capacidades da criança e levá-la a sentir a necessidade dos instrumentos da sua própria cultura, a valorizar as actividades que se relacionam com ela.
Uma boa aprendizagem dá à criança um instrumento que veicula o conhecimento e que ela utilizará com desembaraço. Pelo contrário, se persiste a pobreza da leitura e da escrita, a criança perde a motivação e, muitas vezes, essa criança pode tornar-se num aluno fraco com todas as implicações subjacentes para o seu futuro, como limitações ao nível de escolhas vocacionais, sentimentos de inadequação, baixa auto-estima, etc.
Distúrbios da linguagem?!
A aquisição da linguagem, a habilidade de comunicar por palavras e frases é uma característica fundamentalmente humana. O discurso oral emerge durante o segundo ano de vida, é precedido de um período que começa por volta dos 3/ 4 meses com vocalizações e sons espontâneos conhecidos como o balbuciar. Assim que a criança começa a falar, a sua linguagem é drasticamente multiplicada de algumas palavras aos 18 meses, para duas mil palavras aos 5 anos de idade Nesta fase a criança verbaliza de forma fluente e é capaz de combinar palavras em frases de várias formas, o que revela, desde logo, a estrutura complexa da linguagem (Knoph, 1983).
De facto, a linguagem é um processo complexo que engloba a articulação de vários órgãos simultaneamente, desde o cérebro, ao aparelho auditivo, aos lábios, à laringe, à língua etc. Deste modo, os distúrbios da linguagem podem advir de origens diversas, desde problemas neurológicos, malformações, disfunções, problemas sensoriais a problemas psicológicos (Ajuriaguerra, 1980).
Os distúrbios de articulação são a forma mais frequente dos distúrbios da linguagem, cerca de 80% dos casos (Knoph, 1983). Estes distúrbios que têm origens diversas, caracterizam-se pela deformação, substituição ou supressão dos fonemas. As consoantes e a vogais podem ser alteradas segundo o ponto de articulação perturbado.
Os distúrbios de articulação são a forma mais frequente dos distúrbios da linguagem, cerca de 80% dos casos (Knoph, 1983). Estes distúrbios que têm origens diversas, caracterizam-se pela deformação, substituição ou supressão dos fonemas. As consoantes e a vogais podem ser alteradas segundo o ponto de articulação perturbado.
(…) No caderno aparecem as primeiras palavras. As frases no livro começam a fazer sentido, mas eis que surgem algumas dificuldades. Trocam-se as letras na escrita. A leitura corre mal. A professora corrige. O pior é ir ao quadro, mete medo. Este é o cenário da dislexia. Afecta crianças e adultos que nessa idade nunca souberam os porquês de “ser assim”. De ter de usar o relógio no pulso direito para distinguir a esquerda (…).
(Andreia Lobo; Jornal a Página da Educação, ano 12, nº121, Março 2003, p. 38)
(Andreia Lobo; Jornal a Página da Educação, ano 12, nº121, Março 2003, p. 38)
A incapacidade de aprender a ler e a escrever de forma correcta, de um indivíduo que possui a capacidade intelectual necessária é conhecida por diversos termos como dislexia, disortografia, cegueira verbal congénita, etc. A aprendizagem da língua escrita só se realiza havendo de inicio uma tomada de consciência fonológica e, posteriormente, uma tomada de consciência linguística. Para passar da utilização da forma fonológica às formas gráficas, é necessário que a criança possua a noção intuitiva da divisão da frase e do valor funcional das palavras no interior dessa frase.
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Especialistas discutem o que é necessário para que os professores sejam autoridades da Educação
Em seu discurso de posse, a presidente Dilma Rousseff afirmou que só existirá ensino de qualidade se os professores forem tratados como verdadeiras autoridades da Educação. Isso significa garantir o acesso à formação continuada e à remuneração adequada.
NOVA ESCOLA (janeiro de 2011) colocou as opiniões de alguns especialistas em Políticas Públicas para discutir quais são os passos necessários para que a Educação brasileira avance e os professores sejam mais valorizados.
"Para os professores reassumirem o papel de autoridade eles precisam ser respeitados e não tratados como inimigos, relapsos ou incapazes. Os pontos indicados pela Presidente são essenciais, como formação continuada e remuneração, mas precisam estar inseridos num contexto em que haja, dentre outros aspectos, condições físico-materiais dignas e número máximo de alunos por turma, só obtidos com mais recursos financeiros - daí ser prioridade absoluta atingirmos a aplicação de 10% do PIB em Educação. Juca GilProfessor de Políticas Educacionais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
E ainda querem falar em valorização do magistério.... HAHAHA.
LDB - Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 2006
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
"Precisamos instituir uma carreira para os profissionais da Educação, aumentando significativamente o valor do piso salarial dos professores e estabelecendo a jornada de tempo integral em uma única escola com, no máximo, 50% do tempo em sala de aula para que os professores tenham tempo para preparar aulas, avaliar a aprendizagem dos alunos, relacionar-se com a comunidade, além de participar da elaboração e da implementação do Projeto Político-Pedagógico da escola. Dermeval Saviani - Professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e especialista em História da Educação.
Paralelamente é preciso criar uma rede pública consistente de formação de professores ancorada nas universidades públicas. Isso é indispensável para corrigir uma grande distorção do processo de formação docente no Brasil.
Em alguns municípios tem professores que são merecedores da sua hora atividade, para planejar, corrigir provas, trabalhos, etc.
Em Candiota apenas os professores de área tem esse direito a hora atividade, porque os professores de currículo ficam ralando às 20 horas em sala de aula.
Desrespeitando a LDB que garante este benefício.
LDB - Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 2006
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público:
I - ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;
II - aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim;
III - piso salarial profissional;
IV - progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do desempenho;
V - período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho;
VI - condições adequadas de trabalho.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Esta Lei regulamenta o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica a que se refere.
Art. 2o O piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica será de R$ 950,00 (novecentos e cinqüenta reais) mensais, para a formação em nível médio, na modalidade Normal, prevista no art. 62 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
§ 4o Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos.
II – a partir de 1o de janeiro de 2009, acréscimo de 2/3 (dois terços) da diferença entre o valor referido no art. 2o desta Lei, atualizado na forma do art. 5o desta Lei, e o vencimento inicial da Carreira vigente;
Art. 6o A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar ou adequar seus Planos de Carreira e Remuneração do Magistério até 31 de dezembro de 2009, tendo em vista o cumprimento do piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, conforme disposto no parágrafo único do art. 206 da Constituição Federal.
Art. 8o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 16 de julho de 2008; 187o da Independência e 120o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Tarso Genro
Nelson Machado
Fernando Haddad
Paulo Bernardo Silva
José Múcio Monteiro Filho
José Antonio Dias Toffoli
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Importância da Amizade! Cuide dela com carinho.
Em nossa vida, “o ser humano não consegue viver sozinho”, e muitas vezes fazemos esses relacionamentos com pessoas estranhas e de repente nós criamos um vinculo muito forte a ela. Denominamos isso de amizade.
Día de San Valentín - Espanha 14/02 - Dia dos namorados - no Brasil 12/06
Día de San Valentín (Dia de São Valentim)
Conta a lenda que Valentim era um padre romano que, no século III d.C., casava, em segredo, os jovens pares de namorados. Após descoberto, permaneceu preso até o dia em que foi decapitado, a 14 de Fevereiro de 270.
A história do Dia de São Valentim remonta um obscuro dia de jejum da Igreja Católica, tido em homenagem a São Valentim. A associação com o amor romântico chega depois do final da Idade Média, durante o qual o conceito de amor romântico foi formulado.
O dia é hoje muito associado com a troca mútua de recados de amor em forma de objetos simbólicos. Símbolos modernos incluem a silueta de um coração e a figura de um Cupido com asas. Iniciada no século XIX, a prática de recados manuscritos deu lugar à troca de cartões de felicitação produzidos em massa. Se estima que, mundo afora, aproximadamente um bilhão de cartões com mensagens românticas são mandados a cada ano, tornando esse dia um dos mais lucrativos do ano. Também se estima que as mulheres comprem aproximadamente 85% de todos os presentes.
No Brasil, a data é comemorada no dia 12 de junho por ser véspera de 13 de junho, Dia de Santo Antônio, santo com tradição de casamenteiro.
Na versão espanhola:
El Día de San Valentín es una celebración tradicional en la que los novios o esposos se expresan su amor. Se celebra el 14 de febrero, onomástico de San Valentín (que la Iglesia Católica dejó de celebrar en 1969). En muchos países se le llama el Día de los Enamorados. Particularmente en Colombia, por motivos comerciales, esta fiesta se celebra el tercer fin de semana de septiembre y se conoce como Día del Amor y la Amistad.
En la actualidad, se celebra mediante el intercambio de notas de amor conocidas como "valentines", con símbolos como la forma simbólica del corazón y Cupido. Desde el siglo XIX se introdujo el intercambio de postales producidas masivamente. A esta práctica se sumó el dar otro tipo de regalos como rosas y chocolates, normalmente regalados a las mujeres por los hombres. En Estados Unidos, esta celebración también se empezó a asociar con un saludo platónico de "Happy Valentine's", enviado por los hombres a sus amigas -raramente a sus amigos-.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Déficit de atenção e hiperatividade podem continuar na vida adulta
Transtorno é mais comum entre crianças, mas metade dos casos continua após envelhecer. Tratamento é feito com remédios e não tem cura definitiva.
Mariana Gross Rio de Janeiro, RJ
Se você se esquece de tudo, costuma perder as coisas e tem dificuldade para se concentrar e é sempre impaciente, pode ser portador do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
O TDAH é mais comum entre as crianças, mas, segundo os médicos, metade dos casos continua na vida adulta.
“Muitas vezes, você encontra um adulto que é abusador de álcool, usa drogas, a vida dele é um caos, não para em emprego, tem múltiplas relações, não consegue manter um relacionamento estável. Quando você entrevista. vê que é um portador de TDHA”, diz o psiquiatra Paulo Mattos.
O tratamento do TDAH é feito com medicação, receitada por um psiquiatra. É um transtorno hereditário e não tem cura.
“Em torno de 80% do transtorno é genético. Isso significa o seguinte: que há uma chance dessa pessoa ao ter filhos, tenha um filho assim ou tenha um neto assim com essas características, então também deve aprender a lidar com isso”, afirma Flávia Sollero, psicóloga da PUC-RJ.
Celso Gorga é jornalista e tem 55 anos. Há oito anos, descobriu que é portador do transtorno. Durante décadas, teve que conviver com a ansiedade, a impulsividade e a falta de paciência. “Eu discutia na fila de banco: ‘por que tem 10 guichês e só dois caixas funcionando?’. Coisas que outras pessoas conseguem superar numa boa. eu tinha dificuldade e ficava muito irritado”, explica.
Há algumas dicas simples que facilitam o dia-a-dia de quem sofre com o transtorno:
- Abuse de agendas e calendários para organizar tarefas e compromissos;
- Passe as contas para o débito automático;
- Deixe chaves, carteiras e telefones celulares sempre juntos, de preferência perto da porta de casa.
Celso segue todas essas recomendações e diz que, depois de começar o tratamento, virou outra pessoa. “Você vai tomar remédio pro resto da vida, mas você vai ter outro tipo de vida. E eu descobri o TDHA exatamente assim, através de uma reportagem que o meu filho foi levado ao médico, foi diagnosticado, e através dele, comecei meu tratamento”, diz.
Saiba mais
Para tirar outras dúvidas sobre o assunto, a psicanalista e psicopedagoga Josefina Cosomano participou de um bate-papo com os internautas. Confira abaixo os melhores momentos dessa conversa:
Transtorno
Essa nova geração tem conseguido se dar conta dessa questão muito cedo pois estamos mais atentos a isso. Não é a televisão, internet e outras formas de comunicação que influenciam o problema. Muitos adultos carregam esse transtorno e não se dão conta disso ao longo da vida. Não entendem porque têm uma dificuldade de se relacionar e transportam essa questão para o outro. Também têm uma energia, algo que a pessoa não consegue parar, e isso chama atenção. Esses adultos passam muitos anos sem se dar conta disso, até que chega um determinado momento e percebem que tem algo que não funciona. São pessoas que não conseguem terminar uma tarefa, não conseguem ficar paradas, geralmente não terminam um projeto. Também têm dificuldade em seguir regras.
Tratamento
É uma questão neurológica. Normalmente é indicado medicação, mas isso não faz que pessoa mude sua dinâmica. O o paciente não tem consciência das perdas que ela já sofreu ou virá a sofrer. É uma questão de consciência, se você sabe que carrega um elemento a mais, irá trazê-lo para perto de si. Nós afastamos aquilo que nos atrapalha, achando que com isso vamos resolvê-lo. Quando trazemos essa questão e fazemos um trabalho de conscientização, iremos buscar as melhores ferramentas para contornar essa dificuldade.
Ajuda da família e amigos
No caso de adultos, têm algumas particularidades pois ele já definiu seu espaço e o outro tem suas dificuldades de entender e lidar. Se você entende que a outra pessoa é mais agitada, não fique levando tudo que ela faz ou fala ao pé-da-letra. Saberá que ele está sempre acelerado. Na escola, é preciso conscientizar os pais e amenizar a angústia familiar. Não é porque o filho não quer fazer algo, mas que tem algo mais forte que o filho. Quando se trabalha com crianças, é um grupo de pessoas que estão envolvidas. O professor precisa compreender que tem que acolher essa criança, sabendo que ela traz um transtorno para a sala de aula. Precisa entender que ele precisará respirar de vez em quando, seja saindo da sala ou fazendo outra atividade.
Adolescência
Há um aumento no metabolismo e o jovem fica mais agitado nessa época, mesmo com medicação. Passada essa fase, há uma diminuição do transtorno. Por isso o trabalho psicoterapêutico é importante. Com o passar do tempo, a pessoa vai se dando conta de que forma ele pode lidar com essa condição. Ele sabe que não tem um freio e tendo consciência disso vai ficando mais habilidoso. Ele vai perceber que tem um exercício a mais para se controlar, para criar esse freio.
Hiperatividade
Quem tem hiperatividade geralmente tem déficit de atenção, pois os detalhes vão passando e não se tem consciência disso. Algumas pessoas não têm hiperatividade, mas têm déficit de atenção, vivem avoadas, estão voltadas para dentro. É preciso tomar muito cuidado com o diagnóstico, para que não se faça um tratamento errado. Tem que entender quem é essa pessoa, antes de rotular o que ela tem. Antes de levar uma criança, vá os pais a um consultório primeiro e se sintam a vontade com o profissional. Com isso tira da criança a angústia de conhecer alguém sem se sentir bem. Se os pais confiarem, os filhos ficarão mais a vontade.
JORNAL HOJE - Edição do dia 01/02/2011
01/02/2011 12h52 - Atualizado em 01/02/2011 14h36